23 de junho de 2018, Museu do Aljube – Liberdade e Resistência, Lisboa
Que memória histórica domina o espaço público em Portugal, cristalizada sob a forma de museus, monumentos, estátuas, placas toponímicas, entre outras? Qual o papel destes equipamentos de memorialização na celebração ou na ocultação de narrativas, acontecimentos e protagonistas históricos? Como poderemos questionar e confrontar a narrativa hegemónica sobre a História de Portugal, em particular a que diz respeito à escravatura e ao colonialismo?
Estas foram algumas das questões que estiveram em debate nesta conferência promovida pela Djass – Associação de Afrodescendentes, na qual participaram João Figueiredo (investigador do CEIS20 – Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra), Judite Primo (investigadora e docente de Museologia na Universidade Lusófona, em Lisboa) e Raquel Lima (doutoranda do programa Pós-Colonialismos e Cidadania Global no CES – Centro de Estudos Socias da Universidade de Coimbra).
Uma conversa sobre os lugares e as políticas da memória, que ocorreu num momento de intenso debate em curso sobre o projeto de criação em Lisboa de um museu dedicado à expansão marítima portuguesa proposto pela Câmara Municipal de Lisboa e, por outro lado, de confirmação da criação de um memorial de homenagem às pessoas escravizadas, uma proposta da Djass que saiu vencedora da última edição do Orçamento Participativo de Lisboa.